sexta-feira, 29 de outubro de 2010

O Padrão-ouro - Dinheiro versus Moeda corrente





Antes do surgimento do dinheiro
Desde o início, nossa sociedade sentiu a necessidade de uma maneira de trocar recursos. O Escambo foi provavelmente a primeira solução criada para a troca de recursos ou serviços entre as pessoas.

A partir de 9000-6000 aC, o gado era usado frequentemente como uma unidade de troca. Mais tarde, quando a agricultura se desenvolveu, as pessoas usavam as colheitas para a troca.

O escambo tem vários problemas, principalmente a dificuldade de conciliar as necessidades de cada um dos comerciantes. Se um produtor de trigo precisa de parte da colheita de um agricultor de frutos, uma troca direta nem sempre é possível, já que as frutas da época poderiam se estragar antes da colheita de grãos. A solução foi promover a troca de frutas por trigo indiretamente através de uma terceira mercadoria, uma matéria-prima intermediária - a moeda-mercadoria intermediária torna o mercado mais líquido.

A escrita, inventada na Mesopotâmia cerca de 3100 aC, teve seu uso principal, e provável motivação para seu desenvolvimento, a contabilização das trocas realizadas entre as pessoas.

Moeda cunhada
A primeira Moeda cunhada foi a moeda feita de Electrum (liga de ouro e prata que ocorre naturalmente) com uma cabeça de leão, cunhada na região da Lydia por volta de 610-560 aC.


Embora principalmente o ouro e a prata tenham sido usados para cunhar moedas, outros metais também foram utilizados. Por exemplo, a antiga Esparta cunhava moedas de ferro para desencorajar os cidadãos de se envolver no comércio exterior.

Um importante efeito de moedas foi o controle que os governos passaram a ter para o lançamento do dinheiro no mercado. Eles também podiam manipular a oferta de moedas. Isso foi feito por vários imperadores romanos, que reduziam o teor do metal precioso das moedas romanas quando precisavam de dinheiro, misturando com cobre ou outros metais menos precisosos.

O nascimento do Sistema Bancário
O conceito do Sistema Bancário originou-se na Babilônia cerca de 3000 aC devido às atividades de templos e palácios que forneceram lugares seguros para o armazenamento de objetos de valor.

Por volta do século XVI, uma nova forma de dinheiro apareceu. Em vez de tomar a forma de moedas de ouro ou prata, o novo dinheiro era composto promessas escritas em pedaços de papel.

Os banqueiros da época eram os ourives, eles tinham as instalações e os equipamentos necessários para trabalhar com metais preciosos. Assim se iniciaram na prática de armazenar o ouro de outras pessoas, um serviço pelo qual os ourives passaram a cobrar uma taxa; o fundamento do nosso sistema bancário moderno.

O Padrão-Ouro
O Padrão-Ouro é um sistema monetário no qual a unidade econômica padrão é uma quantidade determinada de ouro.
Sob este tipo de sistema, o dinheiro é "endossado por ouro" e os fundos nacionais e outras formas de dinheiro (depósitos bancários e notas) podem ser livremente convertidas em ouro a um preço fixo.

Após a extinção do padrão-ouro, os governos puderam imprimir tanto dinheiro quanto o desejado, já que, para isto, não era necessário ter ouro suficiente para endossá-lo. O diinheiro tornou-se uma Moeda Corrente , e há uma enorme diferença entre dinheiro e moeda corrente.

Moeda Fiduciária (Fiat money)
Entra em cena a Moeda Fiduciária (Fiat money). Este termo se refere ao dinheiro que não é apoiado por reservas de outra mercadoria valiosa.

O termo deriva da palavra latina fiat, que significa "faça-se", devido ao dinheiro ser criado por decreto governamental. Quando a moeda fiduciária (o dinheiro que é intrinsecamente inútil, é usado apenas como um meio de troca) é utilizado, o termo moeda fiduciária é usado. Hoje, a maioria das moedas nacionais são moedas fiduciárias, incluindo o dólar dos EUA, o euro e todas as outras moedas de reserva, e tem sido assim desde as medidas econômicas de Nixon em 1971.

Quase todos os países adotam o sistema de moeda fiduciária. O valor dessa moeda é definido pela oferta e procura de dinheiro e de outros bens e serviços na economia. Os preços para os bens e serviços, incluindo o ouro e a prata, podem oscilar em função das forças de mercado.

Sem o padrão-ouro, o governo está livre para produzir seu próprio dinheiro, em qualquer quantidade desejada. Quando o governo produz dinheiro mais rapidamente do que o crescimento econômico, a oferta de dinheiro alcança o valor econômico. Isso leva a um fenômeno econômico chamado inflação (ver Como a inflação corrói seus investimentos).

Portanto, não é surpreendente que o valor intrínseco do ouro aumentou muito desde então, como podemos ver abaixo:

Concluíndo
O Dinheiro tem valor real intrínseco, ou seja, pode ser trocado a qualquer momento, pelo produto pelo qual está endossado. - como ouro, prata ou pedras preciosas

A Moeda Fiduciária, que não tem valor real, é uma forma mutuamente aceita como um meio de troca. Uma vez que não é apoiado por nada, seu valor é baseado na sua capacidade para ser distribuída ou ser aceita pelas pessoas.